Dezembro: o melhor mês do ano
No ano passado, escrevi duas crônicas natalinas, me consolidando como amante e defensora desse feriado vermelho e verde. Doze meses depois, estou aqui enfrentando novamente a missão de escrever sobre o Natal, pensando o que eu poderia falar dessa vez.
Pensei em me dedicar a analisar partes importantes da composição do feriado, como as refeições, os filmes, as decorações, os amigos secretos, o calendário do advento, os tipos de pavê, entre outras tradições. Mas, de certa forma, eu já havia feito um pouco disso no ano passado.
Então, me veio a ideia de fazer uma espécie de conto natalino em que eu esteja passeando pelo meu bairro e de repente encontro os fantasmas do passado, presente e futuro para me assombrar. O problema é que, ao começar a desenvolver essa ideia na minha mente, a coisa ficou bem profunda e complicada e me pareceu mais um assunto para tratar com profissionais da área do que com meus leitores.
Quando começo a ficar sem ideias, sempre penso em fazer uma lista, porque eu adoro fazer listas e elas preenchem bastante espaço. Poderia ser: Os Melhores Natais da Minha Vida ou Os Melhores Presentes de Natal Que Já Ganhei. Mas, como a maioria das listas que eu faço, elas são divertidas de escrever mas têm pouco apelo ao leitor. Em algumas semanas, não me importo de enviar uma crônica que sei que fala mais comigo mesma do que com quem está lendo, mas logo no Natal? Não seria justo.
Como você pode perceber, cheguei até aqui, em uma clássica enrolação dissertativa e agora só preciso de uma ideia que preencha um bom parágrafo final para ficar tudo certo. Tive um sonho essa noite em que o Natal já tinha passado e eu estava triste porque mal tinha aproveitado esses dias que gosto tanto. Pensava: "Meu deus, passou voando! Agora estamos em fevereiro e eu nem me dei conta de nada!". Já era hora de voltar a trabalhar e só daqui dez meses eu teria presentes, eventos, férias e viagens novamente.
Quando acordei, fiquei pensando em porquê eu gosto tanto do Natal e a resposta foi exatamente: presentes, eventos, férias e viagens, algumas das minhas coisas favoritas no mundo reunidas em um período de um mês. Tudo isso, pelo menos no meu caso, dividido com as pessoas que mais amo no mundo, em um clima bem final de temporada de série. A gente se reúne, troca presentes, come bastante, bebe com ou sem moderação, fala sem parar, esquece de tirar uma mísera foto e vai pra casa feliz com o famoso coração quentinho. Eu sei, não poderia ser mais clichê, mas é sempre especial.
Feliz natal, pessoal!