Estou de férias. Imensa é a alegria contida nessa pequena frase. Proferida por tantas pessoas nessa época do ano, mas sei que não por todas, e quem está trabalhando tem toda minha solidariedade. Mas eu estou de férias!!!
Me lembro de gritar um "tô de férias" a plenos pulmões desde a quinta-série, na última sexta-feira de aula, normalmente no início de dezembro. Aquele sol tenebroso de Leopoldina batendo nas nossas cabeças ocas de quase adolescente. O sinal batia e lá íamos nós, com nosso tênis Topper preto, correndo para a saída do colégio como se aquele portão fosse nos levar ao paraíso. As férias.
Dias e mais dias para fazer o dia inteiro o que eu costumava fazer somente depois da escola.
Hoje em dia, fico pensando em como meus pais sobreviveram a tantas férias escolares, tendo que inventar as mais variadas atividades para nos entreter. Meu pai manteve em funcionamento por um certo período a escola Hogureca, em que ele, o diretor Algo de Pior, ministrava aulas mágicas, onde eu e algumas amigas criamos personagens de RPG, aprendemos a fazer sapinhos de sabonete, pintamos paisagens em taquinhos.
Em outro período de férias, eu, minha irmã e meus primos, abrimos uma casa de chá, inspirados por uma história da Turma da Mônica. A casa de chá funcionava na garagem da casa da minha vó. A gente oferecia aos clientes pães, bolos, doces, sucos, café, entre outras delícias preparadas pelas nossas mães ou compradas na padaria mais próxima. Passávamos a tarde esperando algum cliente resolver entrar. A mais fiel das frequentadoras da casa de chá, era minha bisavó Lourdes, que aparecia sempre por lá.
Claro que também teve aquelas férias em montamos uma banda. Eu fingia tocar flauta. Baterias eram improvisadas com panelas e talheres. Fui também membra fundadora de uma sociedade secreta, chamada Morlon, ou algo parecido. Férias. Antes para escrever listas, comprar bala, lanchar no calçadão, paquerar na praça, ligar de 3 segundos. Agora para terminar de ler vários livros que abandonei pelo caminho durante o ano, maratonar séries, visitar a família, viajar, descansar, ainda escrever listas. Fazer tudo ou nada do que foi planejado. Mas que nessas férias, nosso tempo livre seja realmente livre, ou o mais perto que a gente consiga chegar disso.
O resultado dos MELHORES DO ANO DA FOLHINHA DE ABACATE!
Demorou, mas veio aí o resultado dessa concorrida premiação! Os melhores do ano da Folhinha de abacate são:
Melhor série: empate entre Maid e a terceira temporada de Sex Education. Se eu tivesse o poder do desempate, votaria na na segunda opção, mas apenas porque não assisti a primeira, o que não seria justo. Então, as séries terão que dividir o prêmio, e deixo também uma menção honrosa ao meu verdadeiro voto que foi em Ted Lasso.
Melhor música: Por Supuesto - Marina Sena. Na Folhinha, os haters da Marina não tem vez. Aproveitando a deixa, deixo Marina Sena e Luísa Sonza cantando juntas a música vitoriosa.
Melhor livro: Chifre - Adelaide Ivánova. Comemorando essa vitória aqui em casa. Leiam Chifre.
Melhor filme: Marighella. Envergonhada pois ainda não assisti ao filme vencedor. Não tenho condições de opinar.
Melhor momento do ano: início da vacinação no Brasil. Onde você estava nesse dia? Eu estava assistindo o momento na TV na sala de casa acompanhada do Daniel e da Sara.
Melhor crônica da Folhinha de abacate: Cadê a mamaim dele? Sucesso absoluto de audiência, também conhecida como a crônica da Estela, é também a minha favorita. Dá para ler aqui: https://folhinha.substack.com/p/cade-a-mamaim-dele?r=nms1t&utm_campaign=post&utm_medium=web&utm_source=direct
Personalidade do ano: João Luiz do BBB. Só tem mundinho por aqui, eu inclusa. Tenho até foto com ele:
E chega ao fim os melhores do ano da Folhinha de abacate. Obrigada por terem participado dessa premiação meio sem sentido. E por lerem a Folhinha durante esse ano. 💛
Como última indicação de 2021, vou deixar a série Only Murders In The Building. A história acompanha um trio improvável que começa a investigar um assassinato que acontece no prédio em que vivem e resolvem fazer um podcast sobre isso. Os três personagens principais são uma pitada de mistério, solidão e humor e a dinâmica dos três juntos é maravilhosa. Fiquei obcecada pelos diálogos entre eles e por todas os casacos que a Selena Gomez usa na série. Para amantes ou odiadores de true crime. Adivinhem qual eu sou?
A Folhinha de abacate também vai tirar férias. Vou viajar nos próximos dias e achei melhor não ter realmente nenhum compromisso, mesmo que seja um compromisso que eu goste. Mas no fim de janeiro estaremos de volta. Vai passar rapidinho, provavelmente mais rápido do que a gente gostaria.
Boas férias para quem está de férias! Vejo vocês no no ano que vem.
Minha cartinha pra estudar em Hogureca ainda não chegou 😢
aproveita as férias e assista marighella! ❤️