No ano passado, comecei diversas coisas que queria começar há um tempão: cursos, livros, séries, projetos, estudos, essa newsletter. Porém, desde a segunda metade de janeiro, quando declarei o início do ano produtivo, percebi que tenho mais compromissos do que a minha agenda pode suportar. Fiquem tranquilos, não vou repetir o tema e falar MAIS UMA VEZ de falta de tempo, definir prioridades e essa confusão toda. Todo mundo aqui já sabe que eu quero fazer mais do que posso, às vezes consigo, às vezes fracasso. Normalmente pelo menos tento me organizar, mas no momento estou literalmente de cabeça pra baixo. Para a Folhinha de abacate, isso significa que tenho seis arquivos inacabados com inícios de crônicas, três semanas sem enviar nada novo por aqui e uma preguiça difícil de driblar. Quanto mais a gente adia, mais difícil vai ficando de fazer. Cheguei a escrever uma crônica completa há alguns dias atrás, mas deletei a coitadinha sem nem reler, balançando a cabeça de um lado pro outro e revirando os olhos, em um daqueles sinais que a gente faz pra gente mesmo dizendo "o que eu estava pensando???".
Por isso, resolvi hoje começar do começo, explicando que estou sofrendo com ausência de assunto e tempo, e sobra abundante de vontade de passar qualquer tempo livre deitada.
Na semana passada, eu passei o carnaval com minha família e alguns amigos na minha cidade natal. A gente alugou uma casa com piscina e espaço pra todo mundo, fizemos churrasco e nos fantasiamos todo dia e foi um verdadeiro sucesso. Minha mãe e minha amiga Amanda, viciadas na programação do Big Brother Brasil, em um determinado momento estavam sentindo como se estivessem lá dentro da casa, em um quarto que não era nem o Grunge e nem o Lollipop, traçando estratégias.
Loucuras à parte, dividir uma casa por dias com amigos parece um pouco mesmo com o BBB, mas sem tanta animosidade (pelo menos esse foi o nosso caso).
Me comprometi comigo mesma a acordar cedinho nesses dias de folga para escrever um pouco. Até acordei, mas foi impossível resistir ao bonde que desperta antes das 8, que se reunia em volta da mesa do café para fofocar sobre os acontecimentos da noite anterior, comentar as melhores e piores fantasias e tentar descobrir quem foi dormir por último.
Meu avô, que toda segunda às 7 horas já está abrindo o celular para ler a Folhinha, me encurralou perguntando "cadê a Folhinha de abacate?" que sumiu sem dar notícias. Me senti a própria Rihanna correndo de seus fãs mundo à fora. Brincadeiras à parte, eu fico feliz que vocês perguntem onde a Folhinha foi parar. Sempre quis ter leitores e, agora que tenho, acho muito bom. Por isso, a Folhinha de hoje é essa carta de desculpas de quem fez promessas, sumiu, mas não voltou com coisa melhor.
A verdade é que no meio do monte de coisas que eu acumulei e agora não estou dando conta, não tem nada que eu não precise, queira ou goste. Trabalhar eu não quero e nem gosto muito, mas, como não sou herdeira, preciso. O resto é um amontoado de compromissos que assumi por escolha, projetos e vontades que consegui colocar na minha vida e no mundo, mas que agora preciso deixar de lado porque o tempo passa rápido e esmaga a gente. Eu sempre digo para minha mãe que ela fica repetindo toda semana que a semana passou muito rápido, e que isso significa que ela não sabe qual o verdadeiro tempo contido em uma semana, já que todas passam rápido demais para ela. Bem que dizem que mãe tá sempre certa e as minhas semanas estão todas realmente passando rápido demais. Espero sinceramente não sumir de novo, espero organizar minha rotina, espero escrever bastante esse ano. Só continuando por aqui para saber se deu certo.
O que eu indico essa semana:
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Alice não me escreva - Ou 5 passos infalíveis para uma boa carta de amor
Não é só as semanas que passam rápidas. A vida passa muito rápido. Duram em média 75 anos. É muito pouco. Eu como já tenho 75, já fico esperando a bandeirada de chegada como numa corrida de F 1. Bjs.
Minha filha vou passar um tema que eu gostaria de que vc desenvolvesse é o seguinte: Porque nós temos memória. A memória é uma benção ou um martírio? Bjs